Hoje acordei de um sonho

Hoje acordei de um sonho

Onde tudo era luz e cor

De uma suavidade sem fim

Nesse sonho só se respirava amor

E tu eras parte de mim

Estávamos num local encantado

Cantavas-me uma canção de amor

O meu coração escutava e pulsava

O meu corpo ardia sem febre e sem dor

Sentia uma felicidade

Como nunca hei-de sentir

Pois o meu príncipe encantado

Para mim cantava a sorrir

Dia (2000)

Possuo um dom

Poetisa não sou

Mas possuo um dom

Se mais nada houver

Pego em papel e caneta

E poesia faço acontecer

Semeio palavras ao vento

Dou-lhes um certo aconchego

Floreio o seu alinhamento

E ás rimas logo chego

Entretenho-me a brincar

Com este dom que Deus me deu

Construo sonhos de encantar

Elevo a minha alma ao céu

Ah! Doces palavras

Brotando do meu coração

Vibram para todos nós

Soam como uma bela canção

Amo esta minha faceta

Que embeleza o meu dia a dia

E como o mundo quero partilhar

Distribuindo a minha magia

Dia (2008)

Desejo-vos um bom fim de semana

E muita saúde

A beleza da natureza

Ninguém sabe a beleza

Que para mim a vida contém

Os segredos da natureza

A alegria e a tristeza

Neste constante vai e vem

Olho a bruma do pôr do sol

Admiro a água espelhada

Vejo toda a natureza amada

Pelo canto do rouxinol

Espreito uma criança

Futuro da humanidade

E vejo nela a esperança

De construir mais felicidade

Ouço o barulho do vento

Adormeço ao som da chuva

Adoro a canção desse momento

Estremeço quando o trovão uiva

Dia (2000)

Um sonho por desvendar

                                        

Esta noite abri a minha janela

E o vento veio segredar:

-Há por aí sinais de um sonho por desvendar

Numa dança sensual

De uma música por inventar

O sonho já caminhou nas estrelas deste firmamento

Foi doce magia a sussurrar

Brilhou no sol de um dia cinzento

Quis a moura que mora aqui desencantar

Acredito no vento

Quero nas asas do sonho embarcar

Mas perdi o momento

Acordei e o sonho não consegui encontrar

Dia (2021)

Soneto para a Dia

Bom dia Dia, que é dia
De dançar - vamos à dança
Porque o dançar não cansa
E nos devolve alegria.

Na dança há poesia,
Há magia, há esperança
De novo amor por herança
Da música que se ouvia.

Assim, Dia, o teu poema
É de uma beleza extrema
Por nos falar de amor.

O amor é o maior tema
Como a dosagem suprema
Para o céu interior.

Laerte

 SILO LÍRICO - 

Poemas, Contos, Crônicas e outros textos literários.

19 de fevereiro de 2021 às 21:17

É a primeira vez que alguém escreve um soneto só para mim

Sinto-me muito agradecida e orgulhosa

Por isso resolvi publicar

Um grande abraço e muita saúde ao meu amigo Laerte

A realidade a falar

Há uns anos atrás
Veio uma crise as nossas vidas abalar
O governo "mandou" os jovens emigrar
E um pedacinho de mim lá foi a sua sorte tentar

Já lá vão 6 anos
Entre lagrimas de tristeza ao partir
E as lagrimas de alegria ao chegar

Difere esta emigração da dos meus pais
As tecnologias que fazem o coração acalmar
Mas o encerramento das fronteiras
Causa uma ansiedade, uma dor sem igual

Deixando-me a pensar:
- E se nos acontece algo
E não posso a minha filhota abraçar

Dia (2021)

É sexta á noite

É sexta á noite
Vamos sair e dançar
Sabes bem como me encantar

Convidas-me para jantar fora
Naquele restaurante sossegado
A lareira crepita
A alegria no meu coração mora
Pois estou com o meu amado
O meu corpo ao ritmo da musica levita

Como é bom sair contigo
Homem dos meus sonhos
Meu porto de abrigo
Teus encantos tamanhos
Levam-nos a um baile estilo antigo
Quero muito dançar contigo

……………
Acorda Dia
Não são horas de sonhar
Espera a noite chegar

Dia (2000)

Como é bom recordar

     

Como é bom recordar

Nossos corpos em sintonia

Envolvidos em doce magia

Ao som da balada que se ouvia

As nossas bocas se desejavam

Os teus lábios no meu pescoço

Docemente roçaram

Senti um doce arrepio

Num abraço apertado

Senti o meu corpo

No teu aconchegado

Ah!...  Como é bom recordar

Esses doces momentos

E com eles voltar a sonhar

Deixando-os a dominar

Os nossos pensamentos

Dia (2000)

Boa semana

                              

Hoje venho desejar-te
Uma semana maravilhosa
Que cada dia seja suave
Como o perfume de uma rosa

Hoje venho desejar-te
Um dia tranquilo
“Cuida de ti” venho recordar-te
Faz e não digas deveria fazer aquilo

Hoje venho desejar-te
A paz na tua vida
Mantém a calma quero recordar-te
E não te deixes vencer pela fadiga

Dia (2005)

Amo-te

Amo-te

Para além dos sentidos

Do arco-íris e das suas cores

Amo-te

Nos soluços contidos

Na fragilidade das pétalas das flores

Amo-te

Simplesmente sem palavras

E sem lamentos

Amo-te

Nos pequenos gestos diários

A cada dia que passa

E em todos os momentos

Para um amor assim

Uma só vida não chega

Para um sentimento tão forte

Amar-te-ei

Em todos os instantes dos meus dias

E muito mais ainda depois da morte

Dia (2000)

Banho

                      

                     

        

Não sei porque não me lembrei antes de louvar

O meu querido banho que tanto amo e para sempre hei-de amar

Quando chego ao fim do dia, dorida e cansada

tomo um banho quente e fico completamente relaxada

De manhazinha se acordo de mau humor

o banho quente abraça-me no seu calor

e, perfumada e contente fico preparada para o dia

seja ele como for

Por outro lado, se não tenho força anímica

um banho frio deixa-me cheia de genica

Se quero recuperar de uma longa viagem

nada melhor que na banheira de hidromassagem

Por outro lado se a vida o permitir

Um banho de espuma

e aproveitar a sensualidade que ele emitir

Devemos louvar o banho sem dúvida nenhuma

Dia (2021)

Amizade é

Amizade é estar ao lado

Amparar

Mas sem agarrar

Estender a mão

Sem prender o coração

Quando a amizade é pura

É amor sem loucura

É um sentimento eterno

Doce e fraterno

Dia (2006)

Lenda do Galo de Barcelos

 

A lenda do Galo de Barcelos é talvez uma das lendas de Portugal mais conhecidas. Reza a lenda que os habitantes de Barcelos andavam alarmados com um crime, cujo responsável ainda não tinha sido descoberto. Até que um certo dia, um peregrino galego apareceu na cidade e tornou-se suspeito.

Apesar de jurar inocência, dizendo que estava apenas de passagem em peregrinação a Santiago de Compostela, as autoridades resolveram prendê-lo.

O peregrino foi preso e condenado à forca. Como última vontade, pediu que o levassem até ao juiz que o tinha condenado. Quando chegaram à residência do magistrado, o juiz estava a deliciar-se com alguns amigos com um grande banquete.

O peregrino voltou a afirmar a sua inocência e suplicou para não ser enforcado. Perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa, e exclamou: “É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem”.

Gargalhadas e risos não se fizeram esperar, mas pelo sim e pelo não, ninguém comeu o galo. Até que o que parecia impossível aconteceu. Quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo ergueu-se na mesa e cantou! Afinal, o homem estava mesmo inocente!

O juiz correu para a forca e quando lá chegou, ficou atónito com o que viu. O galego estava vivo, com uma corda lassa à volta do pescoço. O homem foi imediatamente solto e mandado em paz. Anos mais tarde voltou a Barcelos e ergueu o Monumento do Senhor do Galo em louvor à Virgem Maria e a Santiago Maior.

(https://www.viagensemiudos.pt/lendas-de-portugal/)